sábado, 5 de abril de 2008

Marionetes.

Pronto! Estou falando demais sobre mim. Estou aqui, botões desabotoados, e você aí, sentada na frente do computador, sem ter tirado nada da tua roupa.

Pois saiba que isto não vai mais ficar assim. Chegou a hora de parar de falar sobre mim. Vou falar de alguém muito mais intrigante do que eu. Vou falar de você!

Não se faça de surpresa. Você já sabia disto. No fundo sempre soube. E se parar para pensar, deve ter sido justo isto o que aguçou sua curiosidade e fez você ler até aqui.

Você ainda sabe pouco sobre mim, mas acha que leva vantagem, pois eu não sei nada sobre você. E é aí que você se engana. Eu não sei tudo, mas eu sei muitas coisas sobre você. Enquanto você me investigava, eu também te investiguei.

Você deixou rastros, me mostrou um pouco de ti. Isto abriu brechas. Fez-me lembrar de uma personagem de um livro que li e que no meio de uma paranóia absoluta, dizia “se eles sabem o seu nome, e conhecem o teu rosto, eles têm controle sobre você”.

Quando me lembro desta personagem eu rio comigo mesmo por que me lembro daquele negócio de Orkut. Dentro desse meu repentino interesse por conhecer as nuances desse mundo digital do qual estou participando, fui verificar como é que é esse negócio.

Entrei em comunidades, acrescentei pessoas conhecidas. Escrevi alguns posts. Algumas brincadeiras. Claro. Entrei em algumas páginas, quase que aleatórias, e escrevi:

“Atenção!

Você pode ser uma das pessoas escolhidas para participar de um certo tipo de pesquisa comportamental.

Se você receber algum e-mail te chamando para visitar o site

http://literaturaproibida.blogspot.com/

Não entre. É uma armadilha.

Não que tenha algum vírus, ou qualquer coisa do gênero. Mas pode ser muito pior.

Só entre se tiver certeza.

Obrigado.”

Um segredo: Era verdade. Era um experimento comportamental. Eu queria descobrir quantas pessoas, lendo um anúncio destes, realmente se disporia a fazer isso... Acho que quase todo mundo apagou a mensagem e não entrou na página não.

Ou não. Talvez eu esteja mentindo. Talvez isso realmente seja uma pesquisa comportamental. Desde o começo. E você está fazendo parte dela. Você sabe alguma coisa sobre hipnose? Programação neurolingüística?

Você duvida que existem técnicas feitas especialmente para te dominar? Ou você é um daqueles que vive preso às suas próprias ilusões de liberdade?

Não sei.

Mas talvez saiba e não quero contar.

Até a próxima.

2 comentários:

Anônimo disse...

Todas as pessoas são marionetes. Desde crianças aprendemos a achar importantes as coisas que nos dizem ser reais. São as religiões, as lições de escola, a televisão, nossos amigos, tudo. O ambiente em que vivemos cria em nossas mentes ilusões de liberdade. No fundo somos presos ao nosso próprio meio social. Somos representações de nossos dogmas mais comuns. Somos preconceituosos, somos agressivos uns com os outros. Vivemos em intensa guerra entre nós mesmos e com nossos demônios internos de todas as mentiras que foram colocadas em nossas mentes. VocÊ precisa disto, você precisa daquilo, você não pode viver sem isso, você tem que viver a vida assim, você tem que escolher isso. Existem inúmeras cartilhas sobre como você deve viver a sua vida. Receitas de felicidade. São todas mentirosas. Vendem um mundo de contos de fadas em que você pode descobrir facilmente o segredo para uma felicidade plena. Mas tem um segredo muito maior do que o próprio "O Segredo".

E ele é: É tudo mentira. Tudo o que estão te contando. A verdade está dentro de cada um de nós e só podemos encontrar desnudando-nos de cada uma de nossos preconceitos.

O blog está muito bom. Continue postando com regularidade, estou acompanhando todos os dias.

E viva o Gimnosofismo!

Lucio Engels disse...

Você é uma marionete! Seu blog é uma marionete! Não se engane achando que sabe sobre a real consistência do teu ser, porque você não sabe. Aguardo você para travar embates, e essa corja de seguidores acéfalos que insistem em bater na mesma tecla! Use esse cérebro, que eu sei que é um pouco mais evoluído que os demais, e encare a verdade.