Beatriz Vernitz um dia me perguntou
“Se existisse alguém SUPERIOR, você acha que ele teria feito um livro?
E porque ele surgiu assim do nada??
E os povos anteriores ao surgimento do livro?
A Biblia é só mais um livro de ficção que deu certo...
A diferença é que todo mundo passou a acreditar nele!”
Eu respondi:
“Se você procurar bem verá inconsistências em todo o tipo de conhecimento humano.
Além disso, o que faz as pessoas passarem a acreditar em algo? Para alguns, qualquer coisa. Para outros, quase nada. Para a maioria, tanto faz.”
Então conheci Rebeca Werner, que me disse que “Era importante acreditar em algo” e que “Você merece aquilo que você acredita”.
No começo eu confundi as duas, pensando que uma era uma e uma era a outra, mas desfeita a confusão, vai aqui minha resposta para Rebeca Werner. Pelo menos o começo dela.
OK, Rebeca. Eu acredito no mundo das idéias. Eu acredito no mundo das minhas idéias. Eu acredito que existe um universo dentro da minha mente. O que existe fora da minha mente?
Sensações.
Percepções limitadas por apenas cinco sentidos. E meus sentidos são fracos. Extremamente limitados. Enxergo pior que muitos insetos. Meu olfato é uma vergonha para os mamíferos.
E pior. Sou controlado por minhas sensações. Elas tomam conta de mim. Procrie, brigue, mate, roube, ame e tome.
Exatamente como faziam meus ancestrais.
E hormônios. E transtornos obsessivos e compulsivos. E vícios. E depressões.
Tudo isto representa o controle que o mundo natural tem sobre mim. O mundo das minhas idéias é bem diferente.
Eu não sou aquilo que você acha que eu sou.
Mas você é aquilo que eu acho que você é.
Você é aquilo que alguém que não te conhece acha que é.
Você não é só o que você pensa.
Nem o que eu, ou qualquer outra pessoa possa pensar.
Como vê, eu acredito em algo.
E isto é o começo.
E tem a ver com o Livro que eu li.
E não é esse livro que seu amigo disse que escreveu.
Por que esse livro também não foi escrito por ele.
E tem a ver com um jogo que existe por aí.