terça-feira, 25 de março de 2008

Meu amigo invisível



Por que é que eu perco o meu tempo fazendo essa porcaria de blog?

Me responda?

Me responda o quê? Você não fala nada. Você é mudo. Você é só mais um amigo invisível idiota.

Eu vou contar um segredo.

Só para comemorar essa postagem. A sexta postagem. Gosto desse número.

Como eu na verdade nem sei se você existe, afinal de contas eu posso ser a única pessoa que realmente lê essas mensagens inúteis que eu escrevo, vou contar alguns segredos para você.

Eu já tive um amigo invisível.

É sério.

Aprendi desde criança a acreditar nele. Falavam que ele estava em todos os lugares. Sabia tudo o que eu estava falando. Apesar de nunca responder, estava sempre lá, por mim. Se eu estivesse em alguma situação em que eu achasse que mais nada poderia me ajudar, é só clamar pelo meu amigo invisível, e ele estava sempre lá, para saciar as promessas que eu fazia. Que iria ser bom. Que leria a bíblia. Que pararia de me masturbar.

O duro é que com o tempo começou a ficar cada vez mais difícil de acreditar nesse meu amigo.

Era como se existisse uma luz muito forte. Um brilho intenso, uma estrela. E eu fiz de tudo para me aproximar dessa estrela.

E um dia, eu consegui! Viva, consegui! Encostei na estrela! E a estrela era Deus. Mas daí eu tentei descobrir como ela era e não conseguia enxergar nada, devido ao brilho que me cegava. Fui tocando com as mãos. Havia alguma sujeira por cima. Algo que eu não poderia definir o que era.

Fui tateando, e aos poucos tirando essa sujeira. E continuei tirando. E percebi que quanto mais eu tirava aquela coisa que parecia uma poeira, a estrela começava a brilhar cada vez menos. E limpei, e limpei e limpei. Até que ela se apagou.

E virou um objeto fosco.

E limpei e limpei e limpei mais ainda. E começou a aparecer uma imagem.

Aí comecei a enxergar traços de alguma pessoa. Sim, estava lá! Eu sabia! O rosto de Deus! Era só eu terminar de limpar que descobriria como era!

E continuei limpando. E me esforçava cada vez mais. E parecia um louco.

Até que vi. E assim que vi, gelei.

Por que o que vi era um monstro.

Um ser humano horrível.

Um simples ser humano, fraco e corrupto.

E desde aquele dia, abandonei o meu amigo.

Por que eu descobri, que na verdade ele era alguma coisa horrível.

Ele era eu!

7 comentários:

Anônimo disse...

Viver é que nem Cagar:
Começa com um ato de expelir. Uma sensação única e maravilhosa.
Logo tudo vai ficando maior e cada vez mais gostoso!
Na hora em que está pra acabar, você sente aquele cheiro fétido, se limpa, olha para privada e vê que tudo não passou de uma grande merda.
De uma descarga na sua vida meu garoto!!!

Unknown disse...

Interessante sua alegoria.

Vou cagar de um jeito diferente depois que li isso. Você mudou a história das minhas idas ao banheiro. Agora, é tudo filosofia! Pena que é um anônimo, se não te daria o prêmio nobel das idéias cheias de merda!

Unknown disse...

Eu tinha um amigo imaginário, ele vivia no banheiro... e sempre que sentava no trono sagrado, estava ele lá... a conversar comigo, naquela hora de imensa solidão...
Eu o imaginava como sendo um rato... um pequeno rato que me observava o tempo todo...
Ele sumiu... nunca fui atrás... eu era uma criança feliz...

Anônimo disse...

Oi Beatriz, aqui quem fala é o seu amigo imaginário, o “Ratinho”.
Voltei só pra te dar uma satisfação.
Te abandonei mesmo! Acho que ninguém gostaria de ficar vendo você cagar; peidando que nem uma porca; fazendo caretas; se masturbando e gemendo que nem uma vaca no cio!
Se liga, garota!
Agora achei uma mulher de verdade. O contrario de você, ela me chamou para ir tomar uma cervejinha e depois pegamos um motelzinho. Nada de escatofagia!
Estou muito feliz assim.
Acho que você deve arranjar outro amigo imaginário. Talvez um besouro, quem sabe...

Anônimo disse...

Mensagens como a sua "ratinho" deveriam ser banidas do site. Deveria haver alguma política de não tolerar intolerâncias neste site. As discussões são legais, mas o problema é que tudo é anônimo demais.

Anônimo disse...

Graças à extensa e complexa idéia humana existe diferenças... o que seria, afinal, do vermelho se todos gostassem do verde?!
--{@

manual de um buscador disse...

E descobriste o Deus que era tu mesmo. Pois esse Deus era somente fruto da tua própria imaginação.

E sempre, sempre... Tu estavas com Deus.