sábado, 26 de abril de 2008

O segundo sonho.

Tive mais um sonho daqueles, com história, começo meio e fim.

Eu estava deitado em minha cama, e ao meu lado estava aquela moça que aparece em meus sonhos e sorri para mim.

Vergonhosamente perto de mim, a olhar para o teto e sorrir.

Viciosamente, viajo em seu rosto admirando cada milímetro de sua pele macia. Seus olhos esmeralda fitam alguma coisa invisível no teto. Seus cabelos castanhos espalham-se pelo lençol, parte deles sobre mim.

E parece que eu já a conheço há muito tempo e conversamos como se já tivéssemos conversado antes inúmeras vezes.

E ela me pergunta, com sua voz macia, quase infantil:

_Se você fosse um animal, qual seria?

E com uma naturalidade que só acontece nos sonhos surreais eu respondo:

_Não sei, talvez um herbívoro.

_Por quê? – Ela me pergunta com olhar de pena, como se eu tivesse escolhido alguma coisa ruim.

_Por que assim eu não teria que matar ninguém para ter que sobreviver. – Respondo.

_Cabras, vacas e carneiros não tem graça nenhuma. – Diz a moça. – Eu queria ser um gato. A vida de um gato é muito mais emocionante que a vida de uma cabra.

_Mas gatos são assassinos por natureza! – Respondo.

_E daí? – Ela pergunta rindo. – Quem é que sabe realmente o que é errado afinal? Com tanto sofrimento no mundo, que mal existe na morte? Tem coisa muito pior para se fazer do que deixar de comer carne.

E continuou rindo, olhando para o teto.

E eu quis que aquele momento durasse para sempre, mas fui aos poucos acordando e percebendo que tudo voltava para a mesma solidão normal de todos os dias.

E não sei por que sinto isso. Ou por que sonhei isso.

Acho que é por que vi que algum amigo meu participava de uma comunidade no orkut chamada “cabras não tem grandes ambições”.

Devo ter ficado com isso no meu subconsciente.

Droga de subconsciente.

Preciso terminar logo o que eu tinha para fazer.

2 comentários:

RebaWerner disse...

outro dia eu estava voltando de viagem com meus pais, deitada dormindo no banco de trás, aí sonhei que só tinha eu no carro, e na mesma posição que eu estava eu tinha que manobrar o carro pra um caminhoneiro estacionar. Aí eu me lembro de ter dito "mas que merda de caminhão também, que merda de caminhão"... hehe

Anônimo disse...

Lembrei-me de um capítulo de arquivos filosóficos com esse post. Droga de aula. Lembrei-me também de alguns sonhos e de que preciso de um gato preto, um gato negro eu acho, e uma casa no meio do nada.